2012-11-04



«A agonia da Europa» foi publicada pela primeira vez em 1945, em Buenos Aires.
Nesta obra, reúnem-se quatro artigos escritos pela filósofa espanhola: «A agonia da Europa»; «A violência europeia»; «A esperança europeia» e «A destruição das formas».
Realce-se ainda o facto da obra ter sido corrigida pela autora, uma vez que a primeira edição surgiu com diversos erros, correções essas seguidas nesta edição.
Não terá sido alheio, à presente edição portuguesa, todo o contexto que se vive atualmente na Europa.
Ficam algumas passagens da obra.

«A genialidade da Europa parecia consistir, em grande parte, na capacidade de desatar as amarras da realidade. Agora tem tão pouca que considera real a primeira aparência (…). Porque o encontro com a verdade exige procura, que só pode acontecer num espírito que tenha sabido subtrair-se à esmagadora influência dos factos, ao carácter aterrador do imediato.»

«Este homem novo é o homem interior (…). A pessoa cristã (…) não tem limite, nem para as suas forças, nem para a sua vida, nem para a sua morte. Há algo no homem que transpõe e transcende tudo: ser homem é possuir esta interioridade inabarcável.»

María Zambrano, A agonia da Europa, Nova Vega, 2012.